Na última semana, um artigo deu o que falar nas redes sociais, pois se trata sobre um possível fator de risco para câncer de garganta
O titulo “Sexo oral é agora o principal fator de risco para câncer de garganta”, descreve um aumento preocupante no câncer orofaríngeo, um tipo específico de câncer que afeta a área das amígdalas e parte posterior da garganta, e tem sido associado ao HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano).
Hisham Mehanna, que é professor do Instituto de Cancer e Ciências Genômicas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, foi o autor desse artigo que está gerando discussões no mundo todo. Ele afirma que a prática de sexo oral não necessariamente está relacionada ao desenvolvimento do câncer de garganta. Mas, a infecção pelo HPV, especialmente em casos recorrentes, pode aumentar o risco de diferentes tipos de tumores.
O vírus do HPV, que pode infectar a boca e a garganta, tem sido apontado como o principal culpado pelo câncer orofaríngeo, sendo responsável por cerca de 70% dos casos nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Nos últimos anos, tem havido um aumento no número de casos de câncer orofaríngeo relacionados ao HPV. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) mostra que a incidência da doença na cidade de São Paulo dobrou entre 1997 e 2013.
Os sintomas do câncer orofaríngeo incluem dor de garganta prolongada, dor de ouvido, rouquidão, inchaço dos gânglios linfáticos, dor ao engolir e perda de peso sem causa aparente. É importante ressaltar que algumas pessoas não apresentam sintomas, o que torna ainda mais importante realizar exames preventivos regularmente.