Nesta última segunda-feira (29), o grupo Petrópolis, representantes das marcas Crystal, Itaipava e Petra, solicitaram um pedido de proteção judicial para a reestruturação financeira na Justiça do Rio de Janeiro.
Segundo a empresa, as dívidas totalizam R$ 4,2 bilhões, com 48% relacionados a finanças e 52% ligados a fornecedores e terceiros.
O grupo Petrópolis possui uma fábrica em Boituva, na região Metropolitana de Sorocaba.
Já na terça-feira, dia 28 de março, a Justiça concedeu uma tutela cautelar de urgência para liberar os recursos da Petrópolis por parte do banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.
A empresa considera necessária a ação para evitar um “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”, a crise de liquidez já dura 18 meses devido à redução de receita.
No ano passado, a empresa vendeu 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, o que representa uma queda de 23% em relação a 2020 e uma redução de 17% na receita bruta do período. Aumento dos custos do setor, não repassados aos consumidores, também prejudicou a empresa. Além disso, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, contribuiu para o aumento do endividamento da empresa, gerando um impacto anual de R$ 395 milhões em seu fluxo de caixa.